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O que o inconsciente revela no uso das redes sociais?

  • Foto do escritor: Aniervson Santos
    Aniervson Santos
  • 5 de dez. de 2024
  • 3 min de leitura


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Olá, meu povo, tudo bem com vocês? Neste texto, vamos refletir um pouco a respeito do que o inconsciente pode revelar sobre nós a partir do uso que fazemos das redes sociais. Se Freud ainda estivesse vivo, certamente ele iria dizer que até seus likes têm algo a dizer sobre você. Então se esse tema já chamou a sua atenção, que tal já deixar teu like para que eu possa entender que você está dizendo para mim que esse assunto da conectividade e das redes sociais te interessa, hein?


Na psicanálise, entendemos que o inconsciente molda grande parte das nossas escolhas e comportamentos. Isso não muda só porque estamos no universo digital. As redes sociais se tornaram um espaço onde desejos inconscientes podem se expressar livremente – mas é claro, de forma disfarçada.


Freud descreveu o inconsciente como um reservatório de desejos, impulsos e memórias reprimidas. No ambiente virtual, esses elementos emergem em forma de postagens, curtidas, comentários e até silêncios. O que postamos ou deixamos de postar pode ser uma tentativa de satisfazer esses desejos inconscientes.


Por exemplo, a busca por validação através de curtidas em uma foto ou vídeo pode ser explicada pelo conceito de narcisismo. Segundo Freud, o narcisismo está ligado à necessidade de autoafirmação. Já Lacan atualiza essa ideia ao falar do 'olhar do outro', que legitima nossa existência. No digital, esse olhar é simbolizado pelos likes e comentários. Dizendo de outra forma, no ambiente virtual só existimos a partir do olhar do outro, é esse olhar que atesta nossa existência, sem essa validação através das curtidas, visualizações e comentários é como se não existíssemos. A filósofa Marilena Chauí chama esse fenômeno de nova subjetividade, que está sendo produzida pelo mundo digital.


Já os memes e mensagens compartilhadas frequentemente revelam algo do que Lacan chamou de 'desejo do desejo do outro'. Ou seja, buscamos nos conectar com aquilo que acreditamos que o outro deseja – seja aprovação, humor ou até um vínculo emocional mais profundo.  Isso significa que nosso desejo sempre passa pela mediação do Outro – que pode ser uma pessoa específica, a sociedade, ou qualquer sistema simbólico com o qual nos relacionamos. No ambiente digital, esse "Outro" muitas vezes é simbolizado pelos seguidores, amigos e pela comunidade online. Quando postamos algo, não buscamos apenas compartilhar; buscamos reconhecimento.


E o que dizer daquela ansiedade ao apagar um post que ‘não engajou’? Isso pode ser um reflexo do medo da rejeição.  Na psicanálise, chamamos isso de mecanismo de defesa, um mecanismo que Freud relacionava ao conceito de angústia, desencadeada pela percepção de um perigo, ainda que simbólico.


 E qual é o custo de se expor tanto?


As redes sociais não apenas refletem nossos desejos inconscientes, mas também podem intensificar conflitos internos, como a tensão entre o que realmente somos e a imagem idealizada de nós mesmos que projetamos. É uma dança constante entre o ego, o id e o superego no cenário digital.


Freud dizia que onde há o id, o ego deve advir. Talvez nas redes sociais, o desafio seja trazer consciência para aquilo que fazemos quase que automaticamente e aparentemente sem nenhuma intenção oculta. E você, já refletiu sobre o que seus comportamentos online revelam do seu inconsciente?


Deixa tua opinião sobre esse assunto aqui nos comentários e compartilha este texto com alguém que você sabe que também gosta de olhar para além da superfície das redes sociais. Vamos explorar juntos o que há por trás da tela?!


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© 2025 por Aniervson Santos, Psicanalista Clínico.

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