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Gritar quem eu sou: por que expressar sentimentos é um ato de coragem (e o que Lady Gaga tem a ver com isso)

  • Foto do escritor: Aniervson Santos
    Aniervson Santos
  • 3 de mai.
  • 2 min de leitura



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Você já sentiu que precisava esconder o que sentia?


Apertar o peito, disfarçar o choro, dar risada quando o mundo parece estar desmoronando por dentro? Muita gente aprendeu cedo que sentir demais é fraqueza. Que mostrar emoção é “drama”. Que é melhor guardar tudo e seguir como se nada estivesse acontecendo.


Mas e se for justamente o contrário?


Segundo a psicanálise, a forma como lidamos com nossos sentimentos tem muito a ver com a nossa história. Desde pequenos, aprendemos — muitas vezes sem palavras — o que pode e o que não pode ser sentido. Crianças que crescem ouvindo “engole esse choro” muitas vezes se tornam adultos que não conseguem pedir ajuda. Jovens LGBTQIAPN+, por exemplo, aprendem desde cedo a esconder partes de si, inclusive os afetos.


Sentir não é o problema. O problema é não poder expressar.


É aqui que entra a potência da fala. Em análise, por exemplo, a escuta não é só para o que você diz — mas para o que está atravessado, para o que não conseguiu virar palavra ainda. Quando nomeamos uma dor, ela começa a perder o peso que carrega em silêncio.


E talvez ninguém tenha traduzido isso melhor — ao menos simbolicamente — do que Lady Gaga.


Essa semana, a cantora está no Brasil e fará um um show histórico e gratuito no Brasil, no dia 03 de maio. Mas o que ela oferece ao público vai muito além da performance. Gaga é uma figura que, ao longo de sua carreira, falou sobre dor, saúde mental, exclusão e autoaceitação. Ela canta e encarna a possibilidade de existir por inteiro, com todos os afetos que nos compõem — inclusive os que incomodam.


Em entrevistas, Gaga já falou abertamente sobre traumas, sobre o sofrimento psíquico e sobre como a arte salvou sua vida. Suas músicas e performances são espaços simbólicos onde sentimentos reprimidos encontram voz.


Para muita gente que não teve escuta em casa, Gaga foi um dos primeiros lugares onde sentir foi permitido.


Na clínica, vejo isso com frequência: jovens que aprenderam a se calar para sobreviver. Que acham que não têm “motivo suficiente” para se sentirem mal. Que carregam vergonha por não serem felizes o tempo todo.


Mas saúde mental não é sobre se sentir bem o tempo inteiro. É sobre poder sentir — o que for — e não estar sozinho nisso.


Expressar o que se sente não te enfraquece. Te humaniza. E isso, mais do que qualquer teoria, é o que nos conecta.


Se você sente que precisa de um lugar para existir sem medo, saiba que a escuta analítica pode ser esse espaço.


Como canta Gaga: “Don’t hide yourself in regret / Just love yourself and you’re set.”

("Não se esconda com arrependimento / Apenas ame a si mesmo e você estará ´pronto.")


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© 2025 por Aniervson Santos, Psicanalista Clínico.

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