Buscar ajuda não é fraqueza: é o começo de um recomeço

“Será que eu preciso de terapia?”

Essa pergunta já passou pela cabeça de muita gente. Às vezes em voz alta, às vezes só como um pensamento abafado entre um choro engolido e um dia difícil que ninguém percebeu.

Entre jovens, especialmente entre aqueles que fazem parte da comunidade LGBTQIAPN+ ou de outros grupos historicamente silenciados, a ideia de pedir ajuda psicológica ainda carrega muitos pesos: medo de ser julgado, vergonha de parecer fraco, receio de ser invalidado — até mesmo por quem mais ama.

Mas e se a gente mudasse essa narrativa?

E se buscar ajuda fosse entendido como um ato de coragem? Como uma escolha de autocuidado e resistência?

🧠 Psicanálise é escuta — e não julgamento

Muita gente pensa que terapia é só pra quem tá “em crise” ou vivendo algo “grave”.

Mas a verdade é que a análise é, antes de tudo, um espaço de fala livre, onde você pode dizer o que sente sem medo de ser corrigido, interrompido ou rotulado.

Na escuta psicanalítica, não tem certo ou errado.

Tem um sujeito com uma história única, tentando dar sentido ao que sente, ao que viveu, ao que ainda não conseguiu nomear.

E essa tentativa já é, em si, um passo de cuidado com a própria vida.

🏳️‍🌈 Grupos minorizados e a dor de “aguentar calado”

Pra muitos jovens LGBTQIAPN+, buscar ajuda também significa encarar o medo de reviver o que já doeu: rejeições, violências, frases cortantes como “isso é só uma fase” ou “você quer chamar atenção”.

Por isso, é tão importante que esse processo aconteça num lugar onde seja possível ser quem se é, sem precisar se esconder ou se explicar o tempo todo.

A psicanálise, quando comprometida com uma escuta ética e afetiva, é esse lugar.

Ela reconhece que a dor não precisa ser gritada para ser legítima — e que o silêncio, muitas vezes, também é um sintoma.

💬 Como saber se está na hora de procurar ajuda?

Talvez seja se você:

• Se sente sobrecarregado o tempo todo

• Tem dificuldade de confiar nas pessoas

• Sente que precisa esconder partes de quem é pra ser aceite

• Chora sozinho e esconde o que sente com medo de incomodar

• Já pensou que “ninguém vai entender” o que você vive

Se qualquer uma dessas frases ressoou em você, talvez o próximo passo seja conversar com alguém que possa te escutar de verdade.

❤️ Pedir ajuda é um ato de resistência

Principalmente quando o mundo te ensinou a engolir o choro, a disfarçar a dor, a sorrir mesmo quando tudo dentro tá em ruído.

Procurar um espaço de escuta é dizer:

“Eu mereço ser cuidado.”

“Minha história importa.”

“Não quero mais carregar tudo sozinho(a/e).”

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Se você quer entender mais sobre como a terapia pode te ajudar, ou se deseja melhorar o diálogo com seus pais, responsáveis ou educadores, o e-book “Meus Pais Não Me Entendem” pode ser um bom começo.

💬 Ele é gratuito, leve, direto e feito com muito afeto — pra quem sente que tem muito pra dizer, mas não encontra espaço.

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Aniervson Santos

Psicanalista,

Pedagogo,

Educador

@opequenoanalista