Aquilo que você sente falta está realmente faltando?
- Aniervson Santos
- 20 de out. de 2024
- 3 min de leitura

Olá, minha gente, como vocês estão? Neste texto, gostaria de refletir com vocês a respeito de uma confusão que costumamos fazer o tempo todo, que é confundir o sentimento de falta pela carência.
Não entendeu? Calma que ao longo desse texto vou te explicar melhor. Então, se esse tema chamou tua atenção, já deixa teu like pra eu não me sentir carente e nem você esquecer, ok? Não custa nada deixar logo teu like, né?
Para desenvolver este texto usei como base um texto disponibilizado pela instituição chamada Casa do Saber, inclusive indico demais para quem gosta de conteúdos sobre psicanálise, filosofia, política, arte, entre outros assuntos. Mas vamos deixar de introdução e vamos simbora logo para o conteúdo de hoje?
A pergunta que fiz no tema desse texto se aquilo que você sente falta está realmente faltando, pode parecer uma pergunta simples, mas ela carrega um peso profundo se olharmos sob a perspectiva da psicanálise.
É comum que a gente, em diversos momentos de nossas vidas, sintamos a ausência de algo ou de alguém. Sentir essa ausência não te torna, automaticamente, uma pessoa adoecida, do ponto de vista psicológico, ok? Deixa eu dar alguns exemplos dessa sensação de falta que sentimos: quando estamos sozinhos, surge aquela sensação de que falta uma companhia, ou quando estamos em um relacionamento amoroso, acreditamos que tá faltando alguma coisa para que ele seja perfeito, ou ainda, quando alcançamos um objetivo, ainda sentimos que parece que tá faltando algo. Vocês já tiveram essa sensação? Conta aqui nos comentários!
Bem, diante desse contexto é importante diferenciar a solidão da sensação de falta, pois mesmo que a gente costume associar uma experiência da outra, elas são diferentes. Estar só diz respeito a um estado físico, já a solidão seria uma percepção emocional. Para a psicanálise a sensação de falta, em muitos casos, seria uma percepção subjetiva, uma espécie de "construção interna".
Quando nos sentimos solitários, frequentemente imaginamos que a presença de outra pessoa resolveria esse vazio, mas o que realmente falta não é a presença de outra pessoa, mas a sensação de conexão com nós mesmos. Dizendo com outras palavras, sentir a falta de companhia pode, na verdade, ser um reflexo do quanto evitamos nos confrontar com nossos próprios sentimentos e pensamentos.
Lacan, um dos grandes teóricos da área da psicanálise, diz que "o desejo é sempre movido pela falta", é como se ele tivesse dizendo que nunca desejamos o que temos, mas o que acreditamos estar ausente. Como disse Platão "para desejar, é preciso não ter".
Na maioria das vezes, projetamos no outro a responsabilidade de preencher aquilo que acreditamos estar faltando. Seja um relacionamento amoroso, uma amizade ou até mesmo o sucesso profissional, buscamos fora de nós algo que preencha o vazio interno. Mas o que acontece quando alcançamos o objeto do nosso desejo e ainda sentimos que falta algo?
A psicanálise nos convida a refletir sobre a possibilidade de que o que sentimos falta não pode ser preenchido por fatores externos. É um desejo que nunca será completamente satisfeito, porque está enraizado em uma sensação interna de incompletude.
Mas o que está realmente faltando?
Será que conseguimos responder a essa pergunta de forma tão direta e objetiva? De antemão, gostaria de adiantar que essa é um tipo de pergunta que nos convida à introspecção. Muitas vezes, nos agarramos a expectativas de que se encontrássemos a "pessoa certa" ou tivéssemos sucesso em determinada área, a sensação de falta desapareceria, mas esta é uma expectativa irreal e ilusória.
A psicanálise nos mostra que essa busca incessante por algo externo para preencher o vazio é um ciclo que nunca se fecha. Não há objeto, pessoa ou conquista que possa eliminar completamente a falta que sentimos. O desejo de aprovação, de amor ou de reconhecimento é, muitas vezes, um reflexo de nossas próprias inseguranças. O que parece que está faltando, na verdade, é uma reconciliação interna, uma aceitação das nossas próprias imperfeições e limitações.
Por fim, é importante destacar que talvez o que mais falta em nossas vidas seja a aceitação de que a falta é um estado natural do ser humano, uma motivação para seguirmos em frente e buscarmos autoconhecimento.
Afinal, o que realmente está faltando em nós? A resposta para essa pergunta está dentro de cada um de nós e só pode ser dada por nós.
Se você chegou até aqui é porque gostou dessas reflexões baseadas no olhar da psicanálise sobre nossa sensação de falta. Então, se você ainda não curtiu o texto, essa é a hora. E aproveita para enviar essa página para teus amigos e amigas que você acredita que também podem gostar desse conteúdo. E não esquece de deixar tua opinião sobre esse conteúdo nos comentários, para irmos dialogando, ok?
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